O filme, que está no International Ocean Film Tour (IOFT) de Portugal, é uma viagem cinematográfica ao coração da conservação marinha

Como divulgador científico, Felipe combina conhecimento e sensibilidade ambiental para mostrar o impacto das atividades humanas e das alterações climáticas sobre estas espécies marinhas. A curta-metragem de 15 minutos revela os desafios que as baleias enfrentam e a necessidade urgente de proteger os seus habitats, combinando imagens arrebatadoras com uma mensagem clara: para proteger, é preciso primeiro conhecer.
O filme procura sensibilizar e promover mudanças em prol de um desenvolvimento sustentável. A narrativa mostra como é possível coexistir com a natureza, garantindo que lugares como Tenerife e as Canárias continuem a ser desfrutados no seu estado selvagem e natural.
Para Felipe, Nika – uma das baleias-piloto-, e a sua família, estão presentes nos seus pensamentos todos os dias. O modo como ela se comportava tinha algo de mágico e profundamente especial, como ele menciona neste vídeo:
Quem são as Baleias-Piloto tropicais?
Apesar do nome, estas baleias são, na verdade, golfinhos de grande porte, da família dos delphinidae e podem atingir seis metros de comprimento e pesar até três toneladas. Vivem em grupos sociais complexos, com fortes laços entre indivíduos, e são conhecidas pela sua inteligência, comunicação vocal rica e comportamento cooperativo.
As Canárias abrigam uma das maiores populações residentes do mundo, tornando a região um ponto de referência global para o estudo e observação desta espécie.
NIKA alerta para os riscos que estas baleias enfrentam:
* Colisões com barcos devido ao tráfego marítimo intenso.
* Poluição sonora que interfere na comunicação e navegação acústica.
* Alterações climáticas que afetam a disponibilidade de alimento.
* Poluição plástica e química, que compromete a saúde das águas e dos animais.
Cada uma dessas pressões humanas aproxima as baleias do risco, mas ainda é possível agir a tempo.

O papel do cinema na conservação
O cinema tem o poder único de transformar dados científicos em emoção. Ao assistir a “NIKA”, o público não vê apenas estatísticas sobre ameaças ambientais. O espectador é, antes, convidado a mergulhar em imagens que despertam empatia e respeito pelas baleias-piloto tropicais. É uma forma de dar voz àqueles que não podem falar, sensibilizando comunidades e incentivando políticas de proteção marinha.
Porque tens de ver
“NIKA, El Delero Tropical” é muito mais do que uma curta-metragem. É um apelo urgente e poético para olharmos para o oceano com outros olhos — os do cuidado e os da responsabilidade.
Com imagens subaquáticas impressionantes, ciência acessível e uma narrativa inspiradora, o filme convida-nos a refletir sobre o papel que desempenhamos no futuro do mar. Para quem ama a vida marinha, acredita no poder da sustentabilidade e procura inspiração para viver em maior harmonia com a natureza, “Nika” é imperdível!
Este é um dos filmes que será exibido no International Ocean Film Tour (IOFT), com início a 29/09 em Portugal – o festival que celebra a beleza, os desafios e a conservação dos oceanos, como falámos aqui.